Os sprites são causados pelo acúmulo de cargas elétricas nas nuvens
O astrofotógrafo Gabriel Zaparolli tirou fotos de raios avermelhados vistos de Torres, no Rio Grande do Sul. Estes raios são chamados de sprites, e são fenômenos elétricos de curta duração.
Gabriel fotografou os sprites no início da noite de sábado (23). Nas imagens, os sprites aparecem se estendendo pelo céu, emitindo uma luz avermelhada:
Registro de sprites vermelhos no inicio da noite de ontem em uma linha de tempestades em alto mar, observado de Torres/RS!
— Gabriel Zaparolli ⛈ (@gabriel_zapa) September 24, 2023
Confira o vídeo em 4K: https://t.co/x4s2VcQEt9@spritacular @metsul @StormHour pic.twitter.com/8T5yby0n8i
O nome sprite é a abreviação de Stratospheric Perturbations Resulting from Intense Thunderstorm Electrification (ou Perturbações estratosféricas resultantes da eletrificação de tempestades intensas, em tradução literal).
Isso significa que, assim como os raios comuns, os sprites são causados pelo acúmulo de cargas elétricas nas nuvens — a diferença é que, neste caso, o excesso de cargas é liberado na ionosfera, a cerca de 81 km de altitude, e não no solo.
Enquanto os raios vão da parte inferior das nuvens até o chão, os sprites avançam para cima, seguindo até as camadas superiores da atmosfera. Como acontecem muito acima da camada de nuvens, é difícil observá-los em solo.
Além dos sprites, o astrofotógrafo também registrou a tempestade se aproximando enquanto ondas brilhavam na praia de Guarita, em Torres. Os fenômenos aparecem no vídeo abaixo:
As luzes que brilham em meio às ondas são resultado da bioluminescência, processo que faz com que seres vivos, como alguns peixes e crustáceos, emitam luz própria. Desta forma, eles podem confundir predadores, conseguir alimentos e atrair possíveis parceiros.
*Com informações do portal Canaltech
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