Biden discursará na Assembleia Geral da ONU sobre Ucrânia e mudanças climáticas

Presidente dos EUA, Joe Biden, discursa na 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, Estados Unidos, em 21 de setembro de 2022 | Evan Vucci/AP

Funcionários destacaram que Biden enfatizará a vital importância do apoio internacional à Ucrânia e do fortalecimento da cooperação global em questões fundamentais

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve fazer seu terceiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) nesta terça-feira, em Nova York.

Funcionários dos Estados Unidos revelaram que o Presidente enfatizará a importância do apoio internacional à Ucrânia e da intensificação da cooperação global em questões cruciais, como desenvolvimento, mudanças climáticas e infraestrutura.

Um aspecto significativo deste ano na AGNU é a ausência de vários líderes mundiais, incluindo o presidente chinês Xi Jinping, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.

A ausência desses líderes suscitou questionamentos acerca da importância e influência do evento anual. Na falta deles, o discurso de Biden representa uma oportunidade para ele consolidar sua liderança no cenário internacional, chegando a ser descrito por um de seus assessores próximos como "o presidente do mundo".

O discurso de Biden deve focar principalmente no conflito em curso na Ucrânia. Funcionários norte-americanos que deram informações à imprensa indicaram que ele reiterará seu forte apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia.

Presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Evan Vucci/POOL/AFP
Presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Evan Vucci/POOL/AFP


O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também deve fazer um discurso presencial na AGNU, sendo este seu primeiro desde a invasão da Rússia. Biden e Zelensky têm uma reunião agendada na Casa Branca na quinta-feira, seguido por uma coletiva de imprensa conjunta.

Além da questão da Ucrânia, Biden enfatizará a necessidade de fortalecer as Nações Unidas e outras instituições internacionais. Ele defenderá reformas que ampliem as oportunidades para os países se envolverem e influenciarem o trabalho dessas organizações. Seu discurso também abordará questões globais, incluindo esforços para mobilizar recursos para projetos internacionais de infraestrutura e enfrentar a crise climática.

Um alto funcionário dos Estados Unidos afirmou: "Este é um fórum essencial para demonstrar o compromisso do presidente com a cooperação internacional inclusiva e eficaz para resolver grandes problemas."

Biden terá importantes reuniões durante as sessões da AGNU. Nesta terça-feira, ele se reunirá com os líderes de cinco nações da Ásia Central, incluindo Cazaquistão, República Quirguiz, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão, todas as quais compartilham fronteiras com a Rússia ou a China. Além disso, ele hospedará a recepção tradicional para líderes mundiais que participam da AGNU.

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos durante uma coletiva de imprensa conjunta no Gabinete do Primeiro-Ministro em Jerusalém, em 9 de março de 2016 | Debbie Hill/pool via AFP
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos durante uma coletiva de imprensa conjunta no Gabinete do Primeiro-Ministro em Jerusalém, em 9 de março de 2016 | Debbie Hill/pool via AFP 

Na quarta-feira, Biden conduzirá reuniões individuais com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu
, antes de concluir sua viagem e retornar a Washington no final da noite.

*Com informações do i24NEWS

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