As negociações são o último raio de luz para o Iêmen, um país que enfrenta décadas de instabilidade e onde três quartos da população dependem de ajuda
A Arábia Saudita e os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, lançaram uma perspectiva otimista sobre as negociações históricas, ainda que inconclusivas, realizadas em Riade nesta quarta-feira (20), à medida que os esforços pela paz se intensificaram para encerrar o prolongado conflito no Iêmen.
Os cinco dias de conversações foram considerados "positivos" tanto por autoridades sauditas quanto por um alto líder dos Houthis, marcando a primeira visita pública da delegação rebelde à capital saudita desde o início das hostilidades entre os dois lados em 2015.
Após o encerramento das conversações em Riad, os principais diplomatas dos Estados Unidos, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos – este último sendo um membro fundamental da coalizão e com influência no sul do Iêmen, controlado pelo governo – se reuniram à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, descreveu a reunião como "produtiva" com o Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan, e seu homólogo dos Emirados, Sheikh Abdullah bin Zayed.
"Discutimos a imperativa necessidade de uma solução duradoura para o conflito no Iêmen, bem como outras prioridades", declarou Blinken em sua conta no X. "A coordenação com nossos parceiros no Iêmen e em relação aos desafios regionais é fundamental para alcançar a paz e a estabilidade."
*Com informações do i24NEWSNo entanto, o processo parece ter emperrado devido às exigências dos Houthis, que incluem o pagamento dos salários de seus funcionários públicos pelo governo iemenita deslocado e o lançamento de novos voos a partir do aeroporto de Sanaa.
A Arábia Saudita mobilizou uma coalizão militar internacional contra os Houthis em março de 2015, meses depois que os combatentes do norte, com laços com Teerã, tomaram a capital do Iêmen e ameaçaram dominar o país. Centenas de milhares de pessoas morreram nos combates ou devido às suas consequências, e milhões foram deslocadas, em uma das piores crises humanitárias do mundo, de acordo com as Nações Unidas.
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