Netanyahu diz que 'apostaria' na normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita

O Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu no Gabinete do Primeiro-Ministro em Jerusalém, Israel | Marc Israel Sellem/POOL/Flash 90

'Não estou disposto a dar nada que coloque em risco a segurança de Israel', enfatizou o primeiro-ministro

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou otimismo em relação ao fortalecimento dos laços entre o Estado judeu e o reino do Golfo, descrevendo a situação como "algo excepcional", durante uma entrevista divulgada nesta segunda-feira (7).

"Acho que estamos prestes a testemunhar um pivô na história. Talvez. Não posso garantir que isso acontecerá", disse Netanyahu à Bloomberg.

Na entrevista à Bloomberg, Netanyahu afirmou: "Acredito que estamos prestes a testemunhar um momento crucial na história. Talvez. Não posso garantir que isso acontecerá."

Ele ressaltou que, mesmo sem um acordo de paz oficial, podemos esperar uma normalização econômica entre os dois países.

"Existe um corredor econômico de energia, transporte e comunicações que naturalmente atravessa nossa geografia, da Ásia à Península Arábica e à Europa. Vamos perceber isso. Aliás, minha intuição é que iremos perceber isso, independentemente de termos um acordo de paz formal ou não", disse Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense reconheceu que, para alcançar esses acordos, Israel terá que fazer "algumas" concessões, mas se recusou a entrar em detalhes.

"Se houver vontade política, haverá uma solução política para alcançar a normalização e a paz formal entre Israel e a Arábia Saudita. Isso acarretaria enormes consequências econômicas para os investidores, e se tivessem que apostar nisso agora, eu apostaria também, mas não posso garantir", afirmou Netanyahu.


"Não estou disposto a dar nada que coloque em risco a segurança de Israel. Isso não farei, mas acho que há espaço suficiente para discutir possibilidades", acrescentou.

Netanyahu também deu a entender que a questão palestina está sendo menos discutida nas negociações de normalização do que o público imagina, conforme especulado pela mídia nas últimas semanas. Quando questionado sobre a possibilidade de permitir a criação de um Estado palestino, Netanyahu deixou claro que se oporia a isso, afirmando que não seria um Estado independente, mas sim um "Estado terrorista iraniano".

"Os palestinos devem ter todas as capacidades para governar a si mesmos e nenhum poder para ameaçar Israel. Isso significa que, em qualquer acordo de paz final que possamos alcançar com os palestinos, Israel deve ter um controle primordial da segurança em toda a área, tanto em nosso território quanto no deles, pois, caso contrário, ambos os lados ficarão vulneráveis", concluiu.

*Com informações do canal i24NEWS

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