No artigo de opinião publicado no Wall Street Journal, o ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, explica que a oferta dos EUA de proteção nuclear pode atender uma das principais condições da Arábia Saudita para se unir aos Acordos de Abraão
Segundo o principal diplomata de Jerusalém, a promessa de segurança dos Estados Unidos em um acordo de normalização entre Israel e Arábia Saudita eliminaria a necessidade das nações do Golfo buscarem ambições nucleares.
Na terça-feira, em um artigo de opinião publicado no The Wall Street Journal, o chanceler de Israel, Eli Cohen, afirmou que os Estados Unidos teriam a capacidade de oferecer proteção contra possíveis agressões iranianas na região.
"[Uma] promessa de defesa poderia trazer tranquilidade para as nações do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita e os países do Golfo", escreveu. "Essa abordagem tornaria desnecessárias as ambições nucleares individuais, reforçaria a estabilidade regional e promoveria a agenda de paz e normalização."
Cohen continuou: "Uma frente unida, composta por nações sunitas moderadas e Israel, teria um poder de contenção eficaz diante das crescentes ambições do Irã." Ele observou que a Coreia do Sul, que optou por não desenvolver armas nucleares, poderia servir como um modelo para esse tipo de arranjo. Da mesma forma que os Estados Unidos protegem Seul de ameaças de Pyongyang, eles também poderiam garantir a defesa de Riad contra Teerã.
Cohen ressaltou que 'Apesar de viver sob a ameaça de um vizinho possuidor de armas nucleares e possuir os recursos para desenvolver as suas próprias, a Coreia do Sul optou por não fazê-lo. O compromisso de defesa dos Estados Unidos desempenha o papel de dissuasão para a Coreia do Sul contra possíveis agressões provenientes do norte'".
No início desta semana, Cohen declarou que a questão palestina não impedirá a normalização das relações com a Arábia Saudita. Ele destacou: "O governo israelense atual tomará medidas para fortalecer a economia palestina." Essa declaração foi feita em meio a informações de que uma das condições de Riad para aderir aos Acordos de Abraão, mediados pelos Estados Unidos, envolve concessões aos palestinos.
Cohen compartilhou: "Seria um dia de celebração ver um ministro das Relações Exteriores saudita visitando Israel", ressaltando que os governos liderados pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu já estabeleceram relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos como parte dos Acordos de Abraão de 2020."
Ele previu que o primeiro-ministro israelense e o príncipe herdeiro saudita "farão história" juntos.
*Com informações do JNS
*Com informações do JNS
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