'Acho que a janela de oportunidade é até março do ano que vem', diz chanceler de Israel
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, afirmou em uma entrevista na noite de segunda-feira (31) que Israel "está agora mais próximo de um acordo de paz com a Arábia Saudita do que nunca antes".
"A razão pela qual estamos nesta posição é que o presidente Biden tomou a decisão de investigar seriamente. Nas últimas semanas, testemunhamos visitas de autoridades americanas à Arábia Saudita, como a visita de Lindsey Graham, o Secretário de Estado Antony Blinken e o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan", disse Cohen ao Canal 12.
"Acredito que a janela de oportunidade se estende até março do próximo ano, uma vez que a partir desse momento os EUA serão envolvidos em uma eleição. Sempre enfatizamos o interesse de Israel, mas a paz com a Arábia Saudita é também um interesse americano, visando melhorar a estabilidade e fortalecer a economia. Além disso, é um interesse distinto da Arábia Saudita", acrescentou o chanceler israelense.
Na segunda-feira, a Bloomberg noticiou uma colaboração rara entre os dois países do Oriente Médio que não possuem relações diplomáticas oficiais. A empresa israelense SolarEdge Technologies Inc. concordou em estabelecer uma joint venture com a Ajlan & Bros Holding, da Arábia Saudita, com o objetivo de implantar energia renovável no país do Golfo.
Conforme o comunicado israelense, a nova empresa resultante da joint venture oferecerá serviços completos de geração, armazenamento e gerenciamento de energia para empresas sauditas.
Mais cedo na segunda-feira, um relatório revelou que o chefe do Mossad de Israel, David Barnea, realizou uma visita aos Estados Unidos há várias semanas para conduzir conversas secretas sobre a Arábia Saudita. Durante sua estadia, ele se encontrou com altos funcionários da Casa Branca e da CIA para discutir questões relacionadas ao país do Golfo.
Segundo outro relatório, um "avanço com Riad depende das negociações entre o Reino e Washington". Diversas fontes, familiarizadas com as negociações, afirmaram que Israel teria que tomar "passos concretos" para buscar uma resolução do conflito com os palestinos, o qual é considerado uma prioridade tanto para os democratas dos EUA quanto para o rei saudita Salman.
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