Supostamente, também teria ocorrido uma redução na atividade das milícias apoiadas pelo Irã na Síria e no Iraque em confronto com as forças dos Estados Unidos
O Irã desacelerou "significativamente" o acúmulo de urânio enriquecido, e também diluiu seu estoque, conforme reportado pelo Wall Street Journal na sexta-feira (11). Isso ocorreu simultaneamente à libertação de quatro cidadãos dos EUA, que foram colocados em prisão domiciliar pelo regime de Teerã.
Além disso, duas autoridades israelenses afirmaram ao New York Times que parecia existir acordos de maior abrangência entre os EUA e o Irã. Ambos os periódicos americanos destacaram a possibilidade de retomada das negociações acerca do programa nuclear iraniano.
"Creio que ambas as partes estão interessadas em utilizar esse acordo preliminar como um ponto de partida para reiniciar o diálogo, embora não necessariamente em direção a um acordo completo", comentou Ali Vaez, diretor do projeto Irã no International Crisis Group, em declaração à AFP.
O próprio Irã afirmou que estava mantendo negociações indiretas com os EUA por meio do Sultanato de Omã. No entanto, a frequência e a progressão foram refutadas pelas autoridades americanas.
Dito isso, a melhor indicação de que a República Islâmica se afastou de suas ambições nucleares é o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que será publicado dentro de algumas semanas.
Um alto oficial militar dos EUA também informou ao WSJ que houve uma redução na atividade das milícias apoiadas pelo Irã na Síria e no Iraque contra as forças americanas nas últimas semanas, o que pode indicar um avanço nos esforços para acalmar as tensões entre Teerã e Washington.
Hackers vazaram que a Síria deve US$ 50 bilhões à República Islâmica do Irã, valor enviado como assistência militar e civil para apoiar o regime do presidente sírio Bashar al-Assad durante a última década, como revelado pelos documentos pelo Middle East Monitor na sexta-feira.
A missão do Irã nas Nações Unidas confirmou na quinta-feira a transferência dos prisioneiros americanos para fora da Prisão de Evin, em Teerã. Autoridades americanas também se pronunciaram sobre o assunto, afirmando que "não descansaremos até que eles estejam de volta aos Estados Unidos. Até lá, as negociações para a eventual libertação deles continuam em andamento e são delicadas."
0 Comentários