O novo governo aprovou a construção de 12.855 novas unidades habitacionais em toda a Judeia e Samaria até o momento deste ano, segundo informou a organização Paz Agora
O ano de 2023 estabeleceu um recorde histórico na construção de assentamentos na Judeia e Samaria (Cisjordânia) e na legitimação de postos avançados, conforme relatado pelo grupo de monitoramento de assentamentos, Paz Agora.
Desde o início deste ano, o governo legalizou 22 assentamentos que anteriormente eram considerados postos avançados ilegais, conforme dados fornecidos pela Paz Agora ao Zman Israel, o site parceiro do The Times of Israel em hebraico. Durante os últimos sete meses, mais postos avançados foram legalizados do que nos anos anteriores, afirmou o grupo.
De acordo com a lei israelense, esses postos avançados são agora classificados como áreas residenciais legais, embora ainda sejam consideradas ilegais pela lei internacional, assim como todos os outros assentamentos na Judeia e Samaria.
O ano começou com a posse do novo governo, liderado pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, que nomeou Bezalel Smotrich como ministro das Finanças e também como ministro do Ministério da Defesa, conferindo-lhe autoridade sobre questões civis na Judeia e Samaria.
Entre os novos postos avançados legalizados encontra-se Homesh, um antigo assentamento no norte da Samaria que havia sido evacuado quando Israel se retirou da Faixa de Gaza em 2005, mas que foi recentemente reestabelecido como posto avançado. Isso foi possível devido à revogação da lei de 2005 que tratava da retirada israelense de Gaza, a qual também incluía a evacuação de quatro assentamentos no norte da Samaria, incluindo Homesh.
Na última quarta-feira, a Suprema Corte confirmou a revogação, rejeitando uma petição do grupo de direita Yesh Din, alegando que o posto avançado foi removido de terras palestinas privadas e transferido para terras estatais israelenses.
Outro posto avançado "ilegal" que recebeu autorização neste ano é Evyatar, também localizado no norte da Cisjordânia. Este posto avançado foi estabelecido e desocupado repetidas vezes desde 2012, tornando-se um símbolo para os defensores dos assentamentos. Sua aprovação final neste ano ocorreu sob intensa pressão por parte de Smotrich e do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
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