Procuradora Geral Baharav-Miara afirmou: "Ben Gurion é um espaço público onde todos desfrutam da liberdade de expressão e protesto." Por sua vez, a Ministra do Transporte Regev destacou: "Ben Gurion não se assemelha a um shopping, mas sim, um ativo nacional estratégico"
Os protestos desta terça-feira (11) no Aeroporto Internacional Ben Gurion foram aprovados pela procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara.
Em sua declaração, Baharav-Miara escreveu que "o Aeroporto Ben Gurion é um espaço público e, portanto, toda pessoa tem direito à liberdade de expressão e protesto neste local também".
Ela acrescentou que "nem o diretor da Autoridade de Aeroportos de Israel, nem qualquer outro órgão, tem autoridade legal para impedir a entrada de pessoas no aeroporto com base exclusivamente no fato de não possuírem passagens aéreas para aquele dia".
No início desta semana, Baharav-Miara foi solicitada a emitir instruções de política em relação aos protestos no aeroporto de Tel Aviv.
"Devemos levar em consideração essa singularidade do aeroporto, por ser uma área pública sensível, pela importância em garantir que o público possa entrar e sair de Israel e pelas necessidades de segurança que caracterizam o local.
"Portanto... os profissionais da Autoridade Aeroportuária de Israel e da polícia devem continuar agindo de acordo com considerações profissionais e operacionais ao estabelecer as condições para a realização de protestos na área do aeroporto e para fazer cumprir essas condições, inclusive nos casos de violação das condições e limitações que foram estabelecidas."
O comandante da polícia do Distrito Central assinou as condições para a realização de protestos no aeroporto. Como parte dessas condições, os protestos serão realizados próximo ao Terminal 1.
Uma fonte sênior do governo israelense criticou a decisão de Baharav-Miara, dizendo que "legitimiza a transformação de cidadãos israelenses em reféns de uma minoria extremista. Ela estabelece um novo padrão segundo o qual os protestos em apoio a uma posição pessoal superam a liberdade de movimento de e para Israel, enquanto prejudicam inaceitavelmente centenas de milhares de famílias que pagaram um bom dinheiro por férias pelas quais esperaram muito tempo".
A ministra dos Transportes, Miri Regev (Likud), afirmou: "Vou propor alterações na lei. O Aeroporto Ben Gurion não se assemelha a um shopping nem a um espaço público. Trata-se de um ativo nacional estratégico, que exige um tratamento sensível e complexo diante dos desafios em curso de voos e das situações de emergência relacionadas aos voos."
"Eu esperava que a procuradora-geral garantisse um comportamento adequado nas instalações e não ajudasse àqueles que violam a lei, cujas ações podem até mesmo colocar vidas humanas em risco."
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