Diz-se que um homem de 30 anos é responsável pelo pedido
A polícia sueca aprovou nesta sexta-feira (14) um pedido para realizar uma reunião pública em frente à embaixada de Israel, onde será queimado o livro sagrado do judaísmo, a Torá, e uma Bíblia.
De acordo com a mídia sueca, a queima acontecerá no sábado em frente à embaixada em Estocolmo. Informações prévias indicam que um homem de 30 anos está envolvido no pedido.
Ele afirmou que este ato é uma resposta à queima do Alcorão que ocorreu em junho em frente à mesquita de Estocolmo. Segundo ele, trata-se de uma reunião simbólica em defesa da liberdade de expressão.
A queima do Alcorão gerou uma forte reação de indignação no mundo muçulmano, resultando em grandes protestos e até mesmo na invasão da embaixada sueca em Bagdá, capital do Iraque, entre outras coisas.
O embaixador de Israel na Suécia, Ziv Nevo Kulman, disse que ficou chocado e horrorizado diante dos novos pedidos de queima de livros sagrados.
"Este é claramente um ato de ódio que precisa ser interrompido", escreveu ele em um tweet no início de julho.
— Ziv Nevo Kulman 🇮🇱 (@zivnk) July 5, 2023
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, também
emitiu um comunicado nesta sexta-feira condenando a queima dos livros.
"Condeno de forma inequívoca a permissão concedida na Suécia para a queima
de livros sagrados. Como Presidente do Estado de Israel, já condenei a queima
do Alcorão, que é sagrado para os muçulmanos em todo o mundo, e agora estou
profundamente entristecido porque o mesmo destino aguarda uma Bíblia judaica, o
livro eterno do povo judeu", declarou o presidente.
"Permitir a desfiguração de textos sagrados não é um exercício de
liberdade de expressão, mas sim uma incitação flagrante e um ato de puro ódio.
O mundo inteiro deve se unir para condenar de forma inequívoca essa ação repulsiva",
afirmou o presidente.
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