Primeiro-Ministro Netanyahu chama reforma judicial de 'pequena correção' à corte 'ativista'

Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu | Amos Ben-Gershom/GPO

Na segunda-feira, o parlamento israelense promulgou uma nova lei que limita a capacidade da Suprema Corte de anular decisões governamentais consideradas "irracionais"


Nesta quinta-feira (27), o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, após a calmaria, ficará evidente que o plano controverso de seu governo para reformar o judiciário é apenas uma "pequena correção" para uma Suprema Corte considerada "ativista".

No início desta semana, o parlamento israelense aprovou o Projeto de Lei da Razoabilidade, a primeira grande peça de legislação em um plano mais amplo para reformar o sistema judicial, provocando protestos em massa e despertando preocupação entre os aliados mais próximos do Estado judeu.

"É descrito como o fim da democracia israelense. Eu considero essa afirmação infundada e, quando a poeira baixar, todos perceberão", afirmou
Netanyahu em entrevista à ABC News.

A nova lei retira da Suprema Corte a capacidade de anular decisões "irracionais" do governo. A promulgação do projeto de lei na segunda-feira foi vista como "infeliz" por Washington, enquanto a União Europeia expressou que está acompanhando os acontecimentos em Israel de perto e com preocupação.

Os críticos do plano de reforma afirmam que ele está afastando Israel da democracia e se aproximando de um regime autoritário, enquanto os defensores argumentam que ele visa restaurar parte do poder de juízes não eleitos.


Imediatamente após a votação do parlamento, Netanyahu dirigiu-se à nação afirmando: "Realizamos um gesto democrático muito necessário, buscando restaurar um certo equilíbrio entre as autoridades. Atender à vontade dos eleitores não é, de forma alguma, o fim da democracia – é a própria essência dela".

Mais manifestações anti-reforma estão planejadas para hoje à noite em Tel Aviv e Jerusalém.

Postar um comentário

0 Comentários