Netanyahu: 'Incitação e recusa colocam em risco direto a segurança dos cidadãos israelenses'

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião de gabinete em Jerusalém | Oceane Shapiro/i24NEWS

"Em uma democracia, o governo eleito tem controle sobre o exército, e não o contrário", diz primeiro-ministro


Nesta segunda-feira (17), durante uma reunião de gabinete, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, abordou a questão dos reservistas do exército que se recusam a servir, a menos que o governo interrompa sua legislação de reforma judicial, a qual tem gerado protestos em massa.

No domingo, mais de 400 reservistas ativos assinaram uma carta direcionada à liderança do IDF, na qual ameaçaram não comparecer ao serviço. Além disso, outros 180 pilotos também teriam aderido à mesma ação.

"Em uma democracia, o exército está subordinado ao governo eleito e não o contrário. Por outro lado, em um regime militar, o governo está subordinado ao exército, mais especificamente a um grupo dentro dele. Essa diferença fundamental é o que distingue uma democracia de um regime militar", afirmou Netanyahu.

"A incitação à recusa e a própria recusa vão contra os princípios da democracia e da lei. Isso é verdade em qualquer democracia, mas em nosso país, a incitação e a recusa colocam em risco direto à segurança de todos os cidadãos israelenses. Eles prejudicam nossa capacidade de dissuasão contra nossos inimigos, que podem ser facilmente encorajados a realizar atos de agressão contra nós, e minam a disciplina dentro do exército, que é a base fundamental de sua existência", acrescentou o primeiro-ministro. Netanyahu recebeu alta do hospital no domingo após ser internado com tontura devido à desidratação.

No início da reunião,
Netanyahu assegurou: "Estou me sentindo excelente." 

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