Embora não haja confirmação oficial por parte de Israel sobre a entrega do controle de segurança de Jenin, há indícios claros disso no terreno
Segundo o jornal libanês Al-Akhbar nesta quarta-feira (19), o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ofereceu recentemente à Autoridade Palestina (AP) uma nova oportunidade de restaurar seu papel de segurança na cidade de Jenin, na Cisjordânia, conforme fontes do órgão governante na região.
Conforme o relatório, a decisão de permitir a restauração do papel de segurança da Autoridade Palestina em Jenin ocorreu em consequência dos acordos alcançados durante as cúpulas regionais em Sharm El-Sheikh, no Egito, e Aqaba, na Jordânia. Por mais de um ano, as forças de segurança israelenses vinham entrando na cidade quase semanalmente para realizar operações antiterroristas contra grupos armados.
Após a última grande operação na cidade, que terminou há duas semanas com baixas recordes, não houve mais incursões por parte dos militares israelenses. Desde então, as forças de segurança da Autoridade Palestina têm realizado prisões de membros da Jihad Islâmica Palestina e do Hamas em Jenin. Como consequência dessas detenções, foram relatados atritos entre esses grupos terroristas e as forças da AP.
Embora não haja confirmação oficial por parte do lado israelense sobre a entrega do controle de segurança de Jenin, existem indícios evidentes disso no terreno.
A leitura do recente telefonema entre o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou indiretamente os relatórios, com Biden reconhecendo "passos promissores da Autoridade Palestina para reafirmar o controle de segurança em Jenin e outras áreas da Cisjordânia".
Na semana passada, o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, fez sua primeira visita a Jenin desde 2012, prometendo "reconstruí-la" após a última operação militar israelense na região.
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