A mídia israelense relata que o convite do Primeiro-Ministro
Netanyahu para Washington inclui especificamente o Salão Oval
Em um telefonema descrito como "longo e caloroso" entre o Primeiro-Ministro
de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Joe
Biden, relatos da mídia nesta terça-feira sugerem que um convite da Casa
Branca foi estendido ao líder israelense. De acordo com um funcionário israelense
entrevistado pelo Walla!, o presidente Biden teria afirmado duas
vezes que "espera ver Netanyahu no Salão Oval em breve",
enquanto o Canal 12 citou um funcionário de Jerusalém afirmando que o convite
era especificamente para uma visita à Casa Branca. Durante a conversa, relata-se que Biden
instou Netanyahu a buscar um amplo consenso em relação à proposta de
reforma judicial em Israel. No entanto, o primeiro-ministro israelense enfatizou
que a oposição não estava pronta para realizar negociações sérias, alegando que
estavam "cativos dos protestos". Segundo
o Walla!, Biden teria discutido os esforços para normalizar as
relações entre Israel e Arábia Saudita, destacando a importância de não
comprometer esses esforços em meio às tensões com os palestinos. O presidente
expressou preocupação em relação aos planos do governo de Netanyahu de
expandir os assentamentos na Cisjordânia (Judeia e Samaria).
Netanyahu respondeu: "Trata-se principalmente de planejamento. São
apenas anúncios. Não acredito que haverá mais planos de construção... pelo
menos até o final do ano."
A conversa ocorreu após meses de falta de comunicação direta. O Gabinete do Primeiro-Ministro
afirmou que o apelo teve como foco fortalecer a sólida aliança entre os dois
países, conter as ameaças do Irã e suas "metástases" e ampliar o
escopo da paz regional.
O ponto focal da declaração foi o convite de Biden para Netanyahu
se reunir, embora nenhuma das partes tenha especificado o horário ou o local
exato. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby,
afirmou que ambos concordaram em se reunir, provavelmente antes do final deste
ano, com uma data provável no outono. Houve especulações de que a reunião
poderia ocorrer em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU.
O próprio Kirby afirmou que a reunião pessoal não era o objetivo
principal ou foco principal da ligação. Ele esclareceu ainda que o convite não
alterou as preocupações de Washington em relação às reformas judiciais de
Jerusalém ou ao comportamento dos ministros do Knesset.
O convite da Casa Branca recebeu críticas da mídia israelense, e uma reportagem
no domingo revelou que Netanyahu repreendeu o embaixador de Israel nos
Estados Unidos, Michael Herzog, por considerar que ele não havia agido
com mais empenho nesse assunto.
De acordo com uma reportagem do Ynetnews, foi o embaixador dos EUA em
Israel, Tom Nides, quem garantiu o telefonema que resultou no convite da
Casa Branca. Durante uma celebração do Dia da Independência dos Estados Unidos,
em 4 de julho, o representante de Washington levantou a possibilidade de uma
ligação com Netanyahu.
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