Bahrein adia visita de chanceler israelense, gerando especulações

Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, em entrevista coletiva | Odd Andersen/AFP

Fontes oficiais de alto escalão em Manama dizem que é devido a um 'problema de agendamento' com o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, que não estará no país na próxima semana


O Bahrein anunciou o adiamento da visita oficial de Estado do ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, que estava programada para ocorrer na próxima semana.

De acordo com fontes oficiais seniores no Bahrein, relatadas pelo i24NEWS, o adiamento da visita oficial de Estado do ministro, foi devido a um "problema de agendamento". Outros meios de comunicação também informaram que o atraso ocorreu porque o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, não estará no país na próxima semana, impossibilitando o encontro com Cohen.

No entanto, há especulações na mídia israelense de que o verdadeiro motivo disso foi a entrada do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, no Monte do Templo na quinta-feira (27), o que gerou fortes condenações no mundo árabe.

Em meio à condenação dos Estados Unidos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e outros países diante da ascensão de Ben-Gvir ao Monte do Templo, especialistas consideraram altamente coincidente o adiamento da visita de Cohen para setembro.

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, visita o Monte do Templo de Jerusalém por ocasião do feriado de jejum Tisha B'Av | Minhelet Har Habit

Ministro de Israel, Itamar Ben-Gvir, visita o Monte do Templo | Minhelet Har Habit


Na manhã de quinta-feira, 
Ben-Gvir visitou o Monte do Templo, resultando em rápida condenação por parte dos países árabes e islâmicos, que consideraram a visita como uma escalada. O ministro da Segurança Nacional estava acompanhado por um destacamento rigoroso de proteção, composto pelo exército e pela polícia israelense. Essa foi sua terceira visita ao local desde que assumiu o cargo no início de 2023.

Os Estados Unidos disseram em comunicado que consideram "inaceitável qualquer ação ou retórica unilateral que ameace o status quo". Na Jordânia, a visita de Ben-Gvir foi chamada de "invasão", enquanto a Arábia Saudita a considerou "uma provocação contra os muçulmanos em todo o mundo".

De forma inusitada, o Bahrein não emitiu nenhum pronunciamento sobre a entrada de Ben-Gvir, supostamente por falta de etiqueta antes da esperada visita de Cohen, que estava programada para chegar ao país na terça-feira e ficar até quinta-feira. No entanto, é comum que as declarações sejam feitas após alguns dias ou até mais tempo após o ocorrido.

Postar um comentário

0 Comentários