Israel pede que órgão governante da Cisjordânia cesse
suas atividades contra Israel na arena internacional, ponha fim ao incitamento
e pare de pagar a terroristas
Nesta segunda-feira (10), a Autoridade Palestina (AP) criticou os esforços de
Israel para prevenir o colapso do governo da Cisjordânia, acusando a coalizão
israelense de usar táticas de "chantagem", noticiou o canal i24NEWS.
No domingo, o gabinete de segurança de Israel aprovou uma proposta de resolução
com o objetivo de evitar o colapso da Autoridade Palestina. Além disso, a proposta
insta a AP a interromper suas atividades jurídico-diplomáticas internacionais
contra Israel, acabar com a incitação e suspender os pagamentos às famílias de
terroristas.
Em resposta, o primeiro-ministro da AP, Mohammad Shtayyeh, afirmou que
eles continuarão com seus esforços diplomáticos contra Israel na arena
internacional. Além disso, ele rejeitou a exigência de interromper os
pagamentos aos "mártires" ou aos terroristas presos.
Durante uma reunião semanal do gabinete da AP em Ramallah, o primeiro-ministro Mohammad
Shtayyeh expressou que, em nome do governo palestino, a demanda para Israel
é interromper a agressão contra o povo palestino, cessar os assassinatos,
desmantelar os assentamentos e pôr fim ao confisco de recursos financeiros
palestinos.
"Não aceitaremos a ideia de condicionar a devolução de nossos recursos
financeiros à suspensão de nossas atividades nos fóruns internacionais",
afirmou Shtayyeh. Ele acrescentou que os pagamentos às famílias dos
"mártires" e dos presos de segurança serão mantidos sem interrupções.
"Nosso povo conhece muito bem esses fatos e rejeita essa chantagem."
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina também rejeitou as exigências
israelenses e acusou o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
e sua “coalizão extremista de direita” de mentir e espalhar desinformação.
A AP tem enfrentado desafios para manter sua autoridade em algumas áreas do
norte da Cisjordânia. Durante esse período, grupos terroristas palestinos têm
se aproveitado desse vácuo, com milícias apoiadas pelo Irã utilizando cidades
como Jenin como bases para planejar e executar ataques terroristas contra
israelenses, tanto na Cisjordânia quanto em Israel.
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