Grupos terroristas da Jihad Islâmica e da PFLP se opõem ao boicote das negociações de unidade, acusando Abbas de repressão à 'resistência'
Neste sábado (29), o líder palestino, Mahmud Abbas, chegou a El Alamein, no Egito, para participar das negociações de unidade entre facções palestinas, apesar do boicote imposto pelo grupo terrorista Jihad Islâmica, conforme informado pela agência de notícias Wafa.
De acordo com a Agência de Notícias Palestina, além de presidir a reunião de domingo com os líderes das facções palestinas, Abbas "deve se encontrar com seu homólogo egípcio, Abdul Fatah Al-Sisi".
Na semana passada, o líder da Jihad Islâmica, Ziyad al-Nakhalah, afirmou que a participação de seu grupo nas negociações está condicionada à libertação de seus membros e de outros membros de facções que estão detidos pelas forças de segurança palestinas na Cisjordânia.
A Jihad Islâmica reiterou sua denúncia contra "a detenção política contínua e o julgamento da resistência".
Além disso, a Frente Popular para a Libertação da Palestina, outra facção considerada terrorista, também está boicotando as negociações.
A reunião de domingo contará com a presença dos líderes de outros grupos, incluindo o líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
Na quarta-feira, antes do encontro crucial de domingo, Mahmud Abbas e Ismail Haniyeh se encontraram em Ancara. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que tem boas relações com ambos, foi o anfitrião das negociações e expressou o compromisso de seu governo em fazer o possível para promover a reconciliação intra-palestina.
Conforme relatado por um funcionário palestino, as negociações têm como objetivo "encerrar as divisões entre as facções" com o intuito de preparar o caminho para um governo palestino unificado, além de realizar eleições presidenciais e gerais.
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