Nesta sexta-feira (30), o presidente da França, Emmanuel Macron, convocou uma reunião de emergência devido aos protestos que persistem pelo terceiro dia consecutivo no país. O movimento foi desencadeado pela morte de um adolescente de 17 anos durante uma abordagem policial na terça-feira (27).
De acordo com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, quase 700 pessoas foram presas ontem, sendo que metade das prisões ocorreu nas proximidades de Paris.
Várias cidades testemunharam o incêndio de delegacias de polícia, prefeituras e escolas. Em resposta a esses eventos, o Ministério do Interior francês anunciou o destacamento de 40 mil policiais em todo o país, dos quais 5 mil seriam alocados na capital, Paris, com o objetivo de conter qualquer distúrbio.
Após reuniões com ministros, a primeira-ministra, Elisabeth Borne, rejeitou os apelos de alguns oponentes políticos para a declaração do estado de emergência.
Em suas redes sociais, o presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou a morte "indesculpável" do adolescente e também criticou os atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações.
Em suas declarações, Macron escreveu: "A violência contra delegacias, escolas, prefeituras, contra a República, é injustificável."
Les violences contre des commissariats, des écoles, des mairies, contre la République, sont injustifiables.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) June 29, 2023
Merci aux policiers, aux gendarmes, aux sapeurs-pompiers et aux élus mobilisés.
Le recueillement, la Justice et le calme doivent guider les prochaines heures.
Início dos protestos
Os distúrbios
começaram na terça-feira, dia 27, horas após a morte de Nahel, um jovem
de 17 anos, durante uma abordagem policial em Nanterre. Durante uma noite
caótica, as autoridades francesas relataram o incêndio de 40 carros e 24
policiais feridos.
Ainda ontem, aproximadamente 6 mil pessoas, de acordo com a emissora BFMTV,
participaram de uma marcha liderada pela mãe de Nahel em Nanterre, como
uma homenagem ao adolescente.
O policial envolvido na morte do adolescente francês foi acusado de homicídio e
está atualmente sob custódia.
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