Muitos funcionários do governo palestino estão enfrentando dificuldades financeiras, recebendo apenas 80% de seus salários, o que tem levado a problemas de endividamento e até mesmo à falência
De acordo com relatórios da emissora pública israelense Kan, a Autoridade Palestina (AP) está considerando a possibilidade de declarar falência devido à sua grave situação financeira. O fechamento de numerosos escritórios governamentais e a instabilidade na Cisjordânia (Judeia e Samaria) são apontados como os principais fatores que levaram a essa decisão.
As discussões sobre a possibilidade de declaração de falência estão em andamento no Ministério das Finanças palestino, com o primeiro-ministro Mohamed Shtayyeh sendo mantido atualizado sobre o assunto. No entanto, ainda não está claro se as últimas negociações foram levadas ao líder Mahmoud Abbas.
Devido à situação econômica da AP, muitos funcionários do aparato de segurança têm optado por pedir demissão em busca de empregos no setor privado. Nos últimos meses, esses funcionários, assim como muitos outros no governo palestino, têm recebido apenas 80% de seus salários, o que resultou em endividamento pessoal e até mesmo falências.
Existem duas razões principais apontadas para a situação econômica atual. A primeira é a diminuição contínua da ajuda internacional ao longo dos anos. A segunda razão é a dedução mensal de aproximadamente US$ 11 milhões dos impostos palestinos por parte de Israel. Essa dedução é devida a uma política de pagamento por assassinato estabelecida pela AP, na qual os terroristas e suas famílias recebem um salário generoso por cometerem ataques contra israelenses.
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, realizou uma conversa com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, abordando a falta de estabilidade na região. Durante a conversa, foi enfatizada a importância da coordenação entre Jerusalém, Washington e Ramallah na prevenção de novas escaladas na Judeia e Samaria.
Cohen destacou ainda que o Irã desempenha um papel central no direcionamento do terrorismo em toda a região do Oriente Médio, desde o Líbano e a Síria até o Iraque e o Iêmen, incluindo também grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina.
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